Mesmo em meio à pandemia, após cinco meses parado mundialmente, ainda sem público nos estádios, o futebol voltou, e no Brasil, para alegria de muitos brasileiros.
Mas qual a necessidade do retorno imediato do esporte em meio ao perigo? - Não é novidade para ninguém que o futebol movimenta muito dinheiro no mundo todo. Televisão, os próprios clubes, entidades, investidores e patrocinadores, todos têm interesse na bola rolando.
A cada rodada da Copa Libertadores, Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro, vemos o resultado da precipitação no retorno do futebol. Times que hoje jogam completos, na próxima rodada jogam desfalcados por terem jogadores contaminados pela Covid-19, o que talvez pode não representar um perigo diretamente para o próprio jogador contaminado, mas para seus familiares e conviventes do mesmo ambiente. No caso da Copa Libertadores, é bem pior, pois temos a importação e exportação do vírus “viajando” e contaminando pessoas pela América.
De acordo com o apóstolo Paulo, “o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males” (I Timóteo 6:10) e isso fica evidente quando a gente percebe que o futebol voltou sem nenhuma segurança efetiva, pois para quem está por trás dos bastidores, o mais importante não é a saúde, nem tão pouco a vida de alguém, e sim, o rolar da bola em campo, gerando milhões de reais e dólares, porque se algum jogador ou familiar ficar doente e/ou for a óbito, arruma-se um substituto e “vida que segue”, mas o futebol tem que continuar para movimentação de seus respectivos capitais.
Como bem disse o repórter esportivo Breiller Pires (El País, 2020), “clubes e dirigentes tratam os jogadores como cobaias (do vírus)”. E é o que vejo... Só espero que quando a bomba explodir de vez, que os respingos de sua ação não afetem pessoas inocentes de forma ainda mais avassaladora.