O bullying infantil ocorre quando alguma criança passa a ser alvo de críticas maldosas, brincadeiras humilhantes e até agressões físicas na escola.
O termo bullying vem do substantivo inglês bully, que significa brigão, valentão. Ao acrescentar o sufixo “-ing” ao radical bully, a palavra se torna um verbo que significa intimidar ou amedrontar. Essa prática acontece por meio da agressão física, verbal ou moral, em uma relação desigual de poder entre um aluno mais fraco e um mais forte.
O que diferencia o bullying de um momento de zoação entre amigos é o fato de ser repetitivo e causar prejuízo emocional a quem sofre a brincadeira. Se ambas as partes se divertem com a situação, não há agressão. Mas a partir do momento que a criança não se sente confortável, a brincadeira passa a ser bullying.
É importante que os pais fiquem atentos, pois com a popularização das redes sociais os casos de bullying infantil foram potencializados. Além disso, essa prática é prejudicial tanto para quem sofre quanto para quem pratica. Afinal, não é normal ter atitudes agressivas só porque o colega de classe é diferente. Então, essa raiva e agressividade também devem ser trabalhadas por quem pratica esses atos.
É possível identificar se o seu filho sofre bullying quando ele para de querer frequentar as aulas, pede para mudar de turma ou de escola, ou começa a ter um rendimento baixo nas matérias. Ao perceber essas características, é necessário tomar a frente da situação e conversar com a criança e com a escola para tomar as decisões cabíveis. Veja outras dicas.
Quando uma criança sofre bullying, o seu primeiro sentimento é de vergonha. Essas situações fazem com que ela se sinta inferior.
Por isso, para ajudar, os pais devem ter um diálogo acolhedor e demonstrar total apoio. Além disso, os responsáveis não devem estimular a inimizade entre as crianças, pois o jovem que faz bullying também sofre por algum motivo.
Depois de entender a situação e acalmar o seu filho, é preciso procurar a escola e os professores para entender o que aconteceu e o que os educadores estão fazendo para contornar a situação. É importante que esse tema seja trabalhado dentro de sala de aula para que os alunos saibam identificar essas atitudes e possam reprimir colegas que estejam fazendo bullying.
É normal que a criança fique triste e com raiva por um tempo, e você deve respeitar esse momento. Mas caso ela continue com comportamentos estranhos, pode ser necessário o acompanhamento com um psicólogo para evitar uma depressão. Essa ajuda é importante para evitar que o seu filho carregue mágoas e acabe tendo problemas emocionais no futuro.
Crianças que praticam bullying querem se sentir poderosas e ter toda a atenção para si mesmas. Como não conseguem trabalhar o diálogo, elas descarregam suas frustrações com agressões e humilhações.
Essas situações ocorrem quando as crianças não têm limites em casa ou quando elas não têm a devida atenção dos responsáveis. Para resolver a situação, os pais devem deixar bem claro que não toleram esse tipo de atitude, que tem graves consequências. Depois, é preciso procurar a escola e traçar estratégias em conjunto para que o filho tenha o suporte necessário nos dois ambientes.
É interessante procurar ajuda psicológica e propor novas atividades para que a criança não fique com tempo ocioso. Aulas de luta, música ou esportes podem ajudá-la a canalizar a raiva e frustração, melhorando o seu comportamento escolar.