Certamente quando Joaquim Osório compôs a letra do Hino Nacional Brasileiro, ao escrever o início da segunda parte - “Deitado eternamente em berço esplêndido” - estava se referindo as belezas de um país que está eternamente repousado na América, embelezando o continente com suas belezas naturais.
De todos os ângulos, a composição faz todo sentido, até mesmo de modo crítico metafórico aos dias atuais. Se outrora o Brasil era conhecido pelas características de suas natas maravilhas, de alguns anos para cá ficou mais conhecido pelos atos de seus políticos corruptos do que por seus encantos singulares.
Desta forma, o sistema nos coloca na posição de “deitados eternamente”, nem todos em berços esplêndidos, a maioria, acomodados em berços cadentes e arruinados na pobreza e até em estado de miserabilidade. Enquanto isso há um escalão de poucos sujeitos deitados em verdadeiros berços esplêndidos de riquezas oriundas de atos corruptíveis e demais ilegalidades.
Ao coletivo brasileiro que sofre os efeitos da corrupção e que omisso está deitado ou até dormindo, vendo a imposição do sistema sujo, desonesto e corrupto, resta–lhe despertar, levantar e agir, cobrando legalmente na prática todos os direitos sociais, da mesma forma em que se levanta para cobrar impulsivamente melhorias para coisas de menor importância. Quer um exemplo? Como vai seu time no futebol e como você reage ao momento ruim dele?