Não há dúvida de que a presença feminina na política brasileira é pequena diante de sua enorme presença na vida econômica e social do país, principalmente nos últimos anos. Maioria da população brasileira e do eleitorado nacional, as mulheres sequer alcançam 15% nos cargos eletivos do país. São exatos 12,32% em 70 mil cargos eletivos, segundo o Mapa da Política de 2019, elaborado pela Procuradoria da Mulher no Senado.
A luta pelos direitos das mulheres vem progredindo não só no Brasil, mas em todo o mundo. Alguns avanços já foram conquistados nas últimas décadas, como o direito ao voto e o direito de serem eleitas. Entretanto, no que tange à representatividade na política, a mulher ainda tem dificuldade para ocupar cargos de poder ou ter voz ativa nas tomadas de decisões políticas.
O estado em geral durante anos tem passado por desafios para eleger mais mulheres. A exemplo, a Câmara de Fundão, que hoje é composta por 11 vereadores e somente duas são do sexo feminino.
Em Aracruz das 17 vagas no parlamento, apenas duas são mulheres hoje, a esperança está na lei que obriga os partidos a reservarem ao menos 30% de suas vagas para as mulheres.
Já em Ibiraçu, não há nenhuma mulher com cadeira na casa de leis municipal. Diante desse número pequeno de mulheres nas bancadas, em 2020 várias pré-candidatas irão concorrer a uma vaga nas Câmaras Municipais, destas cidades. A expectativa é de que esse ano aumente a representatividade feminina nas Câmaras da região.
Nesta eleição as mulheres estão assumindo o papel de destaque no cenário, e prometem ir para o debate em busca de uma vaga nas Câmaras das cidades. Uma delas é, Sonia Damasceno, uma das poucas mulheres no estado a ser presidente de um partido, é a segunda vez que a pré-candidata coloca o seu nome à disposição para concorrer uma vaga na Câmara de Fundão.
“Está na hora de nós mulheres lutarmos contra esses paradigmas. A mulher tem que ser empoderar e mostrar que viemos para somar e não para dividir; queremos ocupar todos os espaços de poder para contribuir com um município, estado e um Brasil melhor’’, disse Sonia que vai disputar a eleição pelo PSB de Fundão.
Já Adriana Guimarães traz a experiência de ter sido assessora parlamentar tanto em Aracruz, como na Assembleia Legislativa, vai disputar uma vaga pela primeira vez na Câmara.
“Quando olhamos para a realidade no meio político, a participação feminina ainda é muito tímida, isso precisa mudar, e nós estamos dando a cara pra bater.” Falou Adriana que vai disputar uma vaga em Aracruz pelo Republicanos.
Ana Paula é empreendedora de sucesso em uma cooperativa de reciclagem em Ibiraçu, e vai participar pela primeira vez de uma eleição. Liderança, e capacidade de superação é a receita de Ana Paula para concorrer uma cadeira no parlamento da cidade.
Em quase 1/4 das câmaras de vereadores, não há sequer uma mulher eleita. Nas próximas eleições municipais, os partidos têm o desafio de eleger ao menos uma vereadora em cada município brasileiro.
Afinal, hoje, as mulheres brasileiras são responsáveis únicas por 40% dos lares, estão presentes em 44% do mercado formal de trabalho; mesmo com salários 20% menores, em média, em relação aos dos homens; e ocupam as mais diversas profissões, tanto no setor público quanto no privado.