A Educação do Campo é uma educação que objetiva-se a atender as especificidades dos estudantes campesinos em sua proposta pedagógica, visando além do ensino significativo, a transformação social, provocando a autonomia e a emancipação do sujeito e seus territórios.
Neste sentido, compreender a escola do campo significa compreender a escola como lugar de produção de saberes e fazeres, onde a realidade do sujeito é parte integrante do processo educacional, reconstruindo sua identidade como sujeito histórico camponês, aliando o saber formal ao projeto de vida transformador baseado na agroecologia e na agricultura familiar.
Pensar a educação do, no e com o campo, significa que “do campo” é a educação a partir das realidades concretas dos sujeitos campesinos, levando em consideração suas culturas, histórias, memórias e crenças e isso se descreve dessa forma pluralizada, pois existem diversas realidades a serem abarcadas nesse contexto. Entretanto, a educação “no campo” significa o sentido de lugar, direito de ter escolas no campo, com toda estrutura necessária para atender aos estudantes daquele território e adjacências; Conquanto, “com o campo”, acontece no sentido de construção coletiva do projeto de educação, o ato do fazer junto, tendo os sujeitos como participantes ativos desse processo de ensino aprendizagem.
A Educação do Campo é um direito do estudante campesino e dever do Estado e nessa condição possui normativas legais que a ampara. No entanto, muitos desafios ainda são enfrentados para que o poder público garanta uma educação de qualidade, equidade e significativa que é almejada dentro de um espaço que até então, ainda é marginalizado por sujeitos opositores aos direitos dessa modalidade de ensino.
Texto escrito com a colaboração de Maria Aparecida Prates Botelho