Demanda e superlotação implica na criação de novo Cemitério em Ibiraçu
Tudo relacionado à morte gera um desconforto de se falar, afinal ninguém quer estar pronto para chegar às vias de fato. Mas em Abril do ano de 2018 já levantei essa bola quando se passava despercebido aos olhares de vários gestores por décadas, na época tínhamos apenas 30 lotes disponíveis para aquisição no cemitério municipal da cidade. Gerando uma luz de alerta quanto a essa demanda. O Cemitério de Ibiraçu surgiu no mesmo local onde se encontra atualmente, em 1877 junto ao núcleo colonial, que era uma planta projetada pelo agrimensor Cristiano Boaventura na qual seriam assentadas as famílias imigrantes. Na década de 1970 ele foi ampliando, ganhando um espaço a esquerda de quem adentra no local. Como disse na época, essa demanda precisa ser avaliada e feita um estudo para a criação de um novo local para atender as futuras aquisições de lotes, visto que morrer é um processo da qual não conseguimos burlar essa etapa com o "famoso jeitinho brasileiro".
Acredito que com medidas simples, podemos chegar a um denominador comum satisfatório, levando-se em consideração a disponibilidade de mão de obra própria. Quanto ao local, sugeri que fizesse nos terrenos de posse da prefeitura onde ela cede concessões às empresas para suas finalidades, gerando uma via de mão dupla com empregos e ISS. Por ser um local não muito favorável no quesito logístico, há poucos investidores. Com isso, existem terrenos disponíveis que poderiam ser usados para esse fim, na construção do novo cemitério. Financeiramente viável, postergar esse assunto é assumir um desconforto desnecessário, afinal esse problema vai se consumar em curto prazo. Quanto ao antigo e atual cemitério, sugiro como já dito no ano de 2009 em seu blog pelo historiador Geremias Pignaton que externou: "Muitos dos imigrantes estão enterrados no cemitério de Ibiraçu. Acho que o departamento de cultura da prefeitura poderia fazer um levantamento, junto às famílias, e colocar placas realçando a sepultura desses heróis que ali estão sepultados. As placas deveriam ter uma breve história deles. Seria muito legal para mantê-la viva a nossa história.”.
Agora se tratando da contemporaneidade, e culturalmente falando, além de um local de prestar homenagem aos familiares ali sepultados, transformaríamos num local que não trará somente morte e sim trará vida a história de grandes homens e mulheres que bravamente lutaram para que nós pudéssemos sentir orgulho de dizer que moramos e amamos nossa tão querida Ibiraçu.
Reforçando que neste dia 02/11/2019, segundo informações da própria Secretaria de Obras do município, tem-se pouco menos que 15 lotes disponíveis. Deixo aqui meus singelos votos de solidariedade e carinho a todos aos que tem alguém que tanto amou em vida sepultado nesse patrimônio histórico que é o cemitério municipal de Ibiraçu.