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Hoje na História, 26 de agosto é Dia Internacional da Igualdade Feminina

As mulheres têm maiores dificuldades em alcançar cargos de liderança e também minoria na política.

26/08/2020 14h27 Atualizada há 4 anos
Por: Redação O Diário Fonte: da redação
Associação Coletivo de Mulheres do município de Fundão, Sônia Dasmaceno
Associação Coletivo de Mulheres do município de Fundão, Sônia Dasmaceno

Estamos em 2020 e muita gente ainda acredita que o feminismo é a luta da superioridade da mulher em relação ao homem.
Não é isso! É um movimento social e político que luta pela igualdade de gênero. E nesta quarta-feira, 26/08, em que é celebrado o Dia Internacional da Igualdade Feminina, acreditamos que vale a pena relembrar como essa luta é importante.

Vamos conhecer um pouco da história que levou ao progresso feminino.

-Estudos:
Estamos mais do que acostumadas a ver salas de aula com um número equilibrado entre homens e mulheres,  mas nem sempre foi assim. No Brasil, mulheres só puderam frequentar a escola básica a partir de 1927. E nas universidades isso só aconteceu mais de 50 anos depois, em 1979.

- Trabalho:
Quem aí já ouviu a frase Girls Just Wanna Be CEO? Foi uma longa luta para que a mulheres tivessem a possibilidade de decidir se queriam ou não ser donas de casa.

 De acordo com o Código Civil de 1916, a mulher só poderia trabalhar fora caso o marido lhe concedesse autorização.  Foi só em 1943 que, segundo a Consolidação das Leis Trabalhistas, isso mudou.

- Licença Maternidade:
Sabia que até 1934 esse direito não existia? Foi nesse ano em que a Constituição previu que as mulheres ficariam sem trabalhar um mês antes e um mês depois de nascer o bebê.  Além disso, a demissão de grávidas passou a ser proibida. Em 1988, o período se estendeu para 120 dias.


-Voto:
Um dos grandes motivos para a luta do feminismo foi o direito ao voto, que no Brasil só foi autorizado em 1932. Em 1934, a primeira representante política do gênero feminino foi eleita no país: Carlota Pereira de Queiroz.

-Casamento:
Desde 1916, com aprovação do Código Civil, só o homem era responsável pela família e o casamento poderia ser anulado pelo marido caso descobrisse que a esposa não era virgem. A família da noiva também poderia deserdá-la. Essas regras mudaram apenas em 2002.

-Divórcio:
Em 1977, o divórcio passou a ser permitido por lei. Até então, o casal só poderia se separar em casos de traição, tentativa de morte ou abandono do lar.

-Anticoncepcional:
Em 1962, o Brasil começou a vender anticoncepcionais. A mudança possibilitou que elas pudessem evitar de terem várias gestações indesejadas.

- Violência contra a Mulher:
Violência contra a mulher foi criada em 1985. Em 2006, surgiu a Leia Maria da Penha, com mecanismo para punições em caso de violência doméstica.

O Dia Internacional da Igualdade Feminina, pode não ser tão conhecido como o Dia Internacional da Mulher, mas tem sua importância não apenas por comemorar as conquistas, mas também por lembrar que ainda precisamos lutar.


Segundo a presidente da Associação Coletivo de Mulheres do município de Fundão, Sônia Dasmaceno, o Dia Internacional da Igualdade da Mulher, é uma data para lembrar a necessidade de lutar pela igualdade de direitos e condições de vida entre homens e mulheres.

Uma pesquisa da Catho feita com 13.161 participantes de todo Brasil mostrou que 18% das mulheres deixaram o mercado de trabalho por um período que foi além da licença-maternidade após a chegada dos filhos. Esse percentual, por outro lado, foi de apenas 5% entre os homens.

Ainda de acordo com a presidente da associação, há muita luta pela frente. Mulheres ainda ganham menos, são as principais penalizadas pela gravidez,  têm maiores dificuldades em alcançar cargos de liderança e também minoria na política.

"Ainda existe muito a ser conquistado", acrescentou Sônia Dasmaceno.

Colaboração: Ciglei Lira

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