Se você é ou já foi fã de reality shows, provavelmente já deve ter ouvido na rede Globo de televisão o apresentador Pedro Bial dizendo a seguinte frase como uma espécie de bordão: “Vamos falar agora com os nossos heróis”.
Heróis confinados em um mega espaço físico, todo equipado e com direito a piscinas relaxantes e refrescantes, ambientes climatizados, academias, festas, comidas, bebidas, diversões, prêmios e várias mordomias a disposição e ainda na disputa de R$ 1.5 milhão no final dos três meses desse “terrível” confinamento, só podem ser heróis da hipocrisia, ou se ele modificasse o pronome “nossos” para “meus” (dele), talvez fizesse sentido, porque esse tipo de gente nunca foi herói do povo brasileiro que luta e sofre para sobreviver as imposições da vida no dia a dia.
Nesse momento crítico os verdadeiros heróis estão dentro dos hospitais na linha de frente dos constantes eminentes perigos. Estão também nas ruas batalhando contra a violência e os demais perigos da vida, enquanto outros encontram-se nos volantes de grandes veículos transportando pessoas e produtos para que os heróis do mercado de trabalho continuem suas atividades dentro das limitações do momento. Heróis de verdade são aqueles de diversas profissões que matinam enfrentando os obstáculos diários para que não falte pelo menos o básico alimento em suas mesas.
Se o referido apresentador que via os confinados do Big Brother como heróis soubesse o que é heroísmo de verdade, talvez nunca tivesse falado tanta besteira como falava em suas aparições nas apresentações dos blocos de seu ex fajuto programa, que cá pra nós, nunca somou em nada para a população brasileira.