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Agosto Lilás: mês do combate à violência contra a mulher

Agosto Lilás, é o nome de campanha nacional, realizada anualmente durante o mês de agosto, em referência a data de sanção da Lei Maria da Penha. Seu objetivo é conscientizar a sociedade para o fim da violência contra mulher.

13/08/2020 09h02
Por: Redação O Diário Fonte: da redação
Sônia Damasceno do projeto
Sônia Damasceno do projeto "Coletivo de Mulheres"

O Brasil ocupa o 5° lugar entre os países mais violentos do mundo no que se refere à violência doméstica contra mulheres. Cada dia mais denúncias relativas ao tema chegam à Justiça brasileira. Dado do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) apontam que o número chega a quase um milhão, sendo dez mil casos de feminicídio.

O número de mulheres vítimas de violência que procuram ajuda da Defensoria Pública do Espírito Santo, cresceu quase 300% em relação ao ano passado.  De acordo com dados do órgão foram 285 atendimentos entre os meses de março e junho de
Os números assustam, mas a verdade é que a violência contra a mulher vai muito além da violência doméstica e física, as marcas psicológica que ficam nas mulheres causam traumas para uma vida inteira.

A Lei Maria da Penha foi decretada pelo Congresso Nacional e sancionada em 07 de agosto de 2006. Desde a sua publicação, é considerada pela Organização das Nações Unidas (ONU) como uma das três melhores legislações do mundo no enfrentamento à violência contra as mulheres. Além disso, segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a lei Maria da Penha contribuiu para uma diminuição de cerca de 10% na taxa de homicídios contra mulheres praticados dentro das residências das vítimas.

No mês que a Lei Maria da Penha completa 14 anos, a campanha Agosto Lilás: uma conscientização da violência contra mulher, ganha força em meio a tantos casos de agressões, estupros e mortes.

Vários projetos tem feito ações e informativos, para ajudar na orientação desses casos.

Segundo a presidente do projeto Coletivo de Mulheres do município de Fundão, Sônia Damasceno, diante das medidas de distanciamento social adotada como forma de enfrentamento ao novo Coronavírus (Covid-19), as pessoas acabam permanecendo mais tempo em casa, mas essa mudança repentina no estilo de vida, apesar de essencial no atual momento, pode levar a um problema: o aumento da violência doméstica. 

Diante desses dados vários projetos e associações tem se preocupado em fazer valer a lei Maria da Penha, através de campanha e informativos.
A Associação Coletivos de Mulheres do município de Fundão, tem se preocupado com esse índices de violência contra as mulheres, realizando campanhas e também valorizando ações.

De acordo com a presidente da associação, Sônia Damasceno, vários projetos são feitos dentro do município, com campanhas e informativos. A associação também dar apoio psicológico para as mulheres que sofrem ou já sofreram vários tipos de agressões. Ainda de acordo com a Sônia, os projetos dentro da associação trabalha para levar essas mulheres ao convívio social, onde são ministrados vários cursos, para que possam ter uma renda financeira. 

"Através dos projetos conseguimos ajudar mulheres que conviviam com vários tipos de agressões durante anos. A agressão não atinge somente as mulheres, mas também o futuro da mulher isso inclui a sua família, ou seja, os filhos," afirmou a presidente da associação Sônia Damasceno.

Informações sobre os projetos da Associação Coletivo de Mulheres: (27) 98853-5159.

A denúncia de violência doméstica pode ser feita em qualquer delegacia, com o registro de um boletim de ocorrência, ou pela Central de Atendimento à Mulher (Ligue 180), de forma anônima e gratuita, disponível 24 horas, em todo o país.

Colaboração: Ciglei Lira

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