Ao longo dos tempos o Brasil, assim como o mundo inteiro, enfrenta alguns problemas sociais, dentre os quais, o racismo.
No dia 25 de maio desse ano, em Minnesota/EUA, o policial estadunidense Derek Chauvin assassinou o afro-americano George Floyd durante uma suposta abordagem. O ocorrido tornou-se repercussão internacional seguido de protestos, inclusive no Brasil.
No domingo, último dia 12, um programa de TV de grande audiência exibiu um vídeo com cenas acontecidas no Brasil, muito parecidas com a ação que culminou na morte de Floyd. Nas cenas que sucedem na zona sul de São Paulo aparece um policial pisando violentamente no pescoço de uma mulher negra, brasileira, comerciante de 51 anos de idade, que teve uma de suas pernas quebrada durante sua eventual prisão. Segundo o portal Folha de São Paulo (2020), o imbróglio se deu por uma confusão no comércio da própria agredida.
Ciente de que existe um movimento de protestos teóricos referentes a esse tipo de ato (ainda muito pequeno em relação ao tamanho do problema), o teor desse texto não é pautar novamente o problema, e sim, trazer a seguinte interrogação de forma retórica: - Porque a violência contra o americano Floyd, acontecida nos EUA, foi alvo de vários protestos, inclusive dos brasileiros nas redes sociais, e pouco (quase nada) se fala e acontece em torno da mesma questão ocorrida com uma brasileira, também negra e trabalhadora aqui no Brasil?
Não generalizo, mas infelizmente os olhos dos brasileiros se fecham para os nossos problemas e se abrem para enxergar os mesmos obstáculos lá fora. É como se a nacionalidade americana fosse o X da questão, e não o problema em si.
Não recrimino o fato de tomarmos as dores do que acontece no exterior, pois somos todos humanos, mas se temos problemas similares aqui dentro, porque ignorá-los para tomar os de fora para nós?